segunda-feira, 3 de maio de 2010


Consciência

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Para falarmos de consciência também devemos falar de sua característica mais central, o ego. Palavra de origem latina que significa “eu”. Consciência é a observação, percepção de nossos próprios sentimentos. A consciência guarda um “eu” central e a partir dele podemos fazer uma grande viagem no infinito espaço da psique onde podemos encontrar resposta, encontrar cada vez mais dúvidas ou criar novas perguntas. Jung sabia que a consciência do ego é a ferramenta para a investigação psicológica. E completa afirmando que o entendimento da psique ou de qualquer outra coisa irá depender do estado de consciência de cada pessoa. Neste momento devemos lembrar que o objetivo de escrever sua obra chave foi oferecer um entendimento crítico da consciência, descrevendo oito tipos psicológicos, estilos cognitivos distintos da consciência humana que vive e processam de formas diferentes as informações e a experiência de vida. (STEIN, 2005)

Jung diz que “Entendemos por ego aquele fator complexo com o qual todos os conteúdos conscientes se relacionam. É este fator que constitui, por assim dizer, o centro do campo da consciência, e dado que este campo inclui também a personalidade empírica, o ego é o sujeito de todos os atos conscientes da pessoa” (STEIN, 2005, p.23).

Stein (2005), explica ainda, que o termo ego dá nome à experiência que o indivíduo tem se si mesmo como um centro de vontade, de desejo, de reflexão e ação. Esse conceito de ego como um centro da consciência permanece constante do começo ao fim dos escritos de Jung.

Stein (2005) pontua, que ao definir ego, Jung estabelece uma diferença decisiva entre características conscientes e inconscientes da psique: “consciência é o que conhecemos e inconsciência é tudo aquilo que ignoramos”(p.23).

Grinberg (2003), explica que a consciência nasce a partir do inconsciente e se desenvolve gradativamente de acordo com alguns modelos. Assim como o corpo, a consciência também evolui e necessita igualmente de cuidados, cresce, adoece e transforma-se ao longo da vida.

Ainda segundo Grinberg (2003), a harmonização à vida interior e exterior é o papel principal do ego. À medida que a consciência aumenta e o ego se estrutura é como se a vida se tornasse mais tranquila. Funções psicológicas são ferramentas que o ego utiliza para vivermos melhor.


 Walkíria Andrade F.


Referência:
FREITAS, Walkíria de A. R. Arteterapia em Consultório: uma viagem interior. Monografia de especialização em Arteterapia, Instituto Junguiano da Bahia (IJBA), Salvador – BA, 2009.

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